Malandro no Limbo

Imagem ilustrativa do que se acredita ser o Limbo.


MALANDRO NO LIMBO


Para Edgar Allan Poe, in memoriam.



Deita-te, Malandro,
Até a música acabar,
O Tempo parar,
O Limbo lamber,
E o bardo gemer!

Senta-te, aqui, Malandro! 
Tire esse escafandro
Que te cobre!
Oh, pobre 
Malandro!
Como o louco danças;
Ris, te retrais num meandro,
Te laceras entre os matos...
Avanças!

Sim, avanças intrépido
Por essa estrada curva.
E, por mais que a água
Te seja turva,
Te apegas ao teu cajado lívido
E te lanças...

Ah, essas crianças....
Coitadas, matreiras,
Que paixões faceiras
Elas te insuflam!

Mas, não te aflijas, Malandro!
As folhas de Coqueiro
Até hoje me camuflam;
Essas quais te dão cheiro,
Charme e te são por travesseiro.

Elas te protegerão do Céu
Que te esmaga;
Te sustentam o Véu
Que te puxa...
Vai-te, joga-te! Paga!

Dissolve esse breu medonho!
Não te entendem jamais
Quando grita do teu Profundo
Inferno, esse seu Demônio!
Que na Vida te ponho,
Recobro, te assanho!
Não ri o que pensa que venceu,
Quando a Vitória desapareceu,
Nessa Vida que é 
Um Sonho dentro de um Sonho?




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