Os Opostos

Eu tinha 16 anos, quando tentava concluir o ensino médio em Palhoça. Era o mês de novembro de 1996. Era uma época em já tinha descoberto as dores que uma paixão poderia causar ao coração de um homem. E quantas dores mais não causaria ao de um garoto que só sabia ler e ler mais cada dia?? Eu, no entanto, já havia começado a me enturmar, frequentando bares e festinhas de amigos. Os points de encontro do centro de Palhoça, em que se aglomeravam os estudantes do turno da noite do meu colégio eram os bares Corredor e o do Professor (do Chiquinho Spinoza).

Entre uma cerveja e outra, havia sempre uma azaração. Quando não havia muitas opções, ficávamos reunidos, falando de assuntos variados. Como eu tinha assunto pra todos os gostos, e isso chamava mulher, os caras sempre me queriam por perto, me pagando cervejas. Um dia, em meio a um dos poucos papos realmente interessantes pra mim, começamos a discutir sobre qual era o motivo dos homens serem tão diferentes das mulheres, e vice-versa. Os que realmente estavam participando eram eu, Amilton, já falecido, Marcos e o Felipe (vulgo "Milico").

Numa dessas tiradas, o Amilton falou assim:
- Eu não entendo muito bem essa de dizerem que o homem é ativo e a mulher é passiva. Há tantos homens por aí que não fazem nada da vida e mulheres que têm que deixar os filhos com alguém para terem o que comer. Ou seja, essa não é uma regra fixa.

- Nem tem como ser. A única regra fixa é que não há regra fixa, completou Marcos.

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